A população da Itália em 2021 deve ser menor do que no ano passado. Nos últimos cinco anos, o país perdeu 500 mil habitantes e a tendência é reduzir mais.
Essa diminuição da população da Itália se deve à redução da taxa de natalidade e ao aumento de italianos que se mudaram para outros países, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (Istat).
Menos nascimentos, mais falecimentos
Entre 2014 e 2018, a população italiana diminuiu em 700 mil pessoas. Assim, pela primeira vez em 90 anos a população da Itália caiu para 55 milhões de pessoas. Os estrangeiros com origem fora da União Europeia somam 3,7 milhões de pessoas, totalizando 60 milhões de habitantes.
Em 2019, a Itália registrou o menor número de nascimentos de toda série histórica, iniciada em 1861. Foram 440 mil crianças nascidas, metade do número de italianos que morreram. Esses números resultaram em um déficit de 189 mil habitantes ao final do ano.
Tendência é envelhecimento da população
Em 2019, a cada 100 falecimentos, chegaram 67 bebês italianos ao mundo. Há 10 anos, esse número era de 96 nascumentos a cada 100 mortes.
Em 1º de janeiro de 2020, a Itália tinha 60,3 milhões de residentes, 116 mil a menos do que em janeiro de 2019. Desse modo, a população da Itália vem envelhecendo e hoje um em cada quatro italianos tem mais de 65 anos.
Emigração acentua declínio populacional
O declínio populacional fica mais acentuado com o aumento na emigração de jovens italianos para outros países europeus. Segundo a Istat, 160 mil italianos deixaram o país em 2018, nível mais alto desde o início dos anos 80.
Para se ter ideia da situação, já existem iniciativas para ressuscitar cidades no sul do país. Alguns prefeitos estão doando casas abandonadas para refugiados que cruzaram o Mediterrâneo ou outras pessoas que queiram morar na cidade.
Devido a todos esses fatores, e com o número de mortes por Covid-19 ultrapassando a marca de 90 mil, certamente a população da Itália em 2021 diminuirá ainda mais, seguindo a tendência dos últimos anos.
